Ficha técnica

Oficina baseada no espetáculo Flores Sertanejas.

Integrantes: Vânia Borges (canto) Gabriela Cerqueira (canto) Ademar Farinha (viola caipira) Thomas Howard (violão 7 cordas). Mirianêz Zabot (cantora convidada).

Pesquisa baseada em textos de Luis André do Prado (Saudades de Matão), Walter de Sousa (Moda Inviolada, uma História da Música Caipira) e Rosa Nepomuceno (Música Caipira - da roça ao rodeio), além do site Recanto Caipira.

www.recantocaipira.com.br

terça-feira, 10 de maio de 2011

CATIRA OU CATERETÊ – O INÍCIO


Catireiros do Araguaia


As raízes da música caipira vão fundo no tempo, pelo que pode-se dizer, são genuinamente brasileiras. Em seu período mais antigo, encontramos, nos primórdios da colonização portuguesa, o padre José de Anchieta (1534 –1597) utilizando, em seu trabalho de conversão dos nativos ao cristianismo, a dança religiosa indígena caateretê (também conhecida por catira), em festas católicas como as de Santa Cruz, Divino Espírito Santo, Nossa Senhora e São Gonçalo, o santo violeiro.

Cantado em versos, o cateretê, adaptado às necessidades dos jesuítas, traduzindo para o tupi-guarani os temas do catolicismo, permitiu assim o contato com os indígenas.

 Teria sido esse, portanto, o primeiro gênero musical cantado no Brasil, bem antes da chegada dos negros, com suas influências rítmicas, e de outras contribuições vindas da Europa.

A partir dessa gênese, nossa música rural sofreu uma pacata evolução, ao longo dos séculos, guiada sempre pelas mãos do caboclo, figura controversa de nossa população, nascido das uniões entre índios e portugueses.

Nenhum comentário:

Postar um comentário