Ficha técnica

Oficina baseada no espetáculo Flores Sertanejas.

Integrantes: Vânia Borges (canto) Gabriela Cerqueira (canto) Ademar Farinha (viola caipira) Thomas Howard (violão 7 cordas). Mirianêz Zabot (cantora convidada).

Pesquisa baseada em textos de Luis André do Prado (Saudades de Matão), Walter de Sousa (Moda Inviolada, uma História da Música Caipira) e Rosa Nepomuceno (Música Caipira - da roça ao rodeio), além do site Recanto Caipira.

www.recantocaipira.com.br

domingo, 29 de maio de 2011

DANÇAS E RITMOS CAIPIRAS

CURURU

Quatro cantadores e um violeiro se desafiam por uma hora e meia, até completar a rodada; primeiro fazem a saudação aos santos e às pessoas presentes, depois escolhem a carreira, com a rima que vão adotar.

Depois as duplas começam os desafios. A mais engraçada ganha a simpatia da platéia, que torce e aplaude. Para atacar vale qualquer tema que combine com a ocasião, desde dizer que o adversário é pinguço e preguiçoso até brincar que um deles foi visto de fio dental na porta do mercado. Ninguém mexe com mulher dos outros nem com santos. No Mato Grosso, o cururu ainda é dançado em círculos, com batidas de pés.




A FOLIA DE REIS

Uma das festas mais populares, é a festa em que o caipira aparece reproduzindo a viagem dos Reis Magos a Belém, com cortejos de festeiros, portando bandeiras coloridas, comandados por mestres, capitães e violeiros, elas acontecem ainda em muitas regiões do país, especialmente no interior de SP, MG, MT e GO. Começam dia 24 de dezembro e vão até 06 de janeiro, dia de Reis.


CONGADAS E CALANGOS

Os negros trouxeram riquíssima contribuição à musica da roça. Ritmos e danças acompanhados por percussões, como lundus, batuques e congadas. Raul Torres, Alvarenga e Ranchinho, Tião Carreiro e Carreirinho eram fascinados pela música dos negros. Nas plantações das grandes fazendas, negros e caipiras conviveram e trocaram conhecimentos, irmãos na pobreza, no tipo de vida, na paixão pela musica. Cruzaram os santos e as crenças, os enfeites e as fantasias, a percussão, os requebros e a viola. As congadas ganharam força como manifestação africana, já aqui miscigenada aos traços culturais da terra. Viraram festas de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, conservando-se o cortejo real, com o Rei Congo e a Rainha Conga, seus guardas e embaixadas, expressando tradições tribais da Angola e do Congo. Esta festa acontece entre abril e dezembro e integram as comemorações aos santos, que incluem missas, novenas, procissões, etc.
Nesta festa, a comitiva peregrina de casa em casa, recolhendo donativos, rezando e cantando com as famílias. Para cada etapa, há um canto específico: à porta das casas, na saudação do presépio, no pedido de ofertas, no agradecimento e na despedida. Rabeca violão e pandeiro entram nos acompanhamentos. 

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